O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe disponibiliza imunizantes contra as duas formas da doença, que ocorrem de forma endêmica no Brasil
Neste mês de conscientização sobre as hepatites virais, o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe alerta sobre a importância da vacinação para a prevenção e controle das hepatites A e B, que são mais frequentes e que ocorrem de forma endêmica no Brasil. Para esses tipos existem três formulações de imunizantes diferentes: hepatite A isolada, hepatite B isolada e hepatite A e B combinadas.
“As hepatites são um grave problema de saúde pública e possuem formas eficazes de prevenção. Além disso, é importante destacar que o vírus da hepatite B está relacionado ao risco de desenvolvimento de câncer de fígado. Portanto, o uso desta vacina também atua na prevenção do hepatocarcinoma. É fundamental que os pais vacinem os filhos e se vacinem também, pois as hepatites, conforme o agente viral, podem ser transmitidas por água ou alimentos contaminados, além do contato sexual sem proteção”, explica a coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino.
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento de todas as formas de hepatite, que podem evoluir para doenças mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Infelizmente, a realidade é diferente. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, apenas cerca de 18% das pessoas que vivem com hepatite B foram diagnosticadas e dessas, sendo que 3% estão recebendo o tratamento.
Para prevenir as hepatites virais, manter a vacinação em dia (para os tipos A e B), fazer corretamente a higiene pessoal, dos alimentos e utensílios, utilizar seringas apenas para medicamentos uma única vez e usar preservativo durante as relações sexuais é essencial.
A doença é uma infecção no fígado, que pode ser leve, moderada ou grave. Não apresenta sintomas muito aparentes, e entre os principais sinais de alerta estão: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Dados do Ministério da Saúde revelam que quase um milhão e meio de pessoas morrem todos os anos no mundo com doenças ou comorbidades ligadas às hepatites, como infecção aguda, câncer hepático ou cirrose.
O vírus da hepatite A causa inflamação aguda no fígado e pode evoluir para formas graves e fulminantes, podendo inclusive levar à insuficiência hepática aguda e à necessidade de transplante de fígado. O vírus interfere na função hepática e leva à inflamação do pulmão. Esse tipo não possui um tratamento específico e pode ser prevenido com a vacina contra a hepatite.
A hepatite B pode evoluir para uma infecção crônica, cirrose hepática, insuficiência hepática, câncer e, em alguns casos, necessidade de transplante hepático. Entre as crianças com menos de um ano de idade a chance de se tornar crônica chega a 90% dos casos. A doença, que atinge o fígado, não é hepatite na forma mais grave e possui vacina.