De acordo com especialista, a assistência é importante nessa fase, pois facilita o acesso a informações corretas, incluindo a vacinação
Em alusão ao Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens, lembrado em 22 de setembro, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância de acompanhar a saúde nessa transição para a idade adulta. Marcada por um período de mudanças comportamentais e de desenvolvimento, essa fase também exige atenção dos pais e responsáveis.
De acordo com Darci Vieira da Silva Bonetto, especialista em Medicina do Adolescente, do Hospital Pequeno Príncipe, o jovem, por exemplo, procura muito pouco o atendimento médico. “Na adolescência, ambos os sexos necessitam de um acompanhamento médico. Isso é muito importante, pois essa fase é caracterizada pela vulnerabilidade”, detalha.
A falta de acompanhamento dificulta o acesso a informações corretas. Isso inclui as doenças comuns nessa faixa etária, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o papilomavírus humano (HPV), tétano e outras doenças próprias da adolescência e decorrentes do uso de drogas lícitas e ilícitas.
Por isso, neste ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em comemoração ao Dia do Adolescente (21 de setembro), reforça a mensagem do protagonismo dos jovens no autocuidado com a saúde, por meio da imunização. Ainda segundo a SBP, a maior parte dos agravos de saúde que acometem os adolescentes está relacionada a hábitos e comportamentos inadequados.
De acordo com a médica e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Giamberardino, os adolescentes e jovens ficam mais suscetíveis a determinadas doenças porque se reúnem, geralmente, em grupos. “É a época em que, normalmente, eles começam a interagir socialmente com seus pares, com maior frequência. Nesta fase, os pais e responsáveis devem ficar mais atentos e disponíveis, porque os adolescentes têm em geral baixa percepção de riscos, inclusive de doenças imunopreveníveis, e precisam das orientações dos pais!”, alerta.
As vacinas da adolescência são:
– Hepatite A: de 10 a 19 anos; adolescentes não vacinados devem receber duas doses.
– Hepatite B: de 10 a 19 anos; adolescentes não vacinados devem receber três doses.
– HPV: a partir dos 9 anos.
– Febre amarela: de 10 a 19 anos; uma dose para não vacinados previamente.
– Dengue: a partir dos 9 anos com infecção prévia comprovada.
– Influenza: todas as idades.
– COVID-19: todas as idades.
– Meningocócica conjugada C e ACWY: de 10 a 19 anos; adolescentes não vacinados devem receber duas doses e um reforço após cinco anos. No sistema público é disponibilizada para faixa etária entre 11 e 12 anos.
– Meningocócica B recombinante: de 10 a 19 anos; adolescentes não vacinados devem receber duas doses.
– SCR/varicela/SCRV: de 10 a 19 anos; adolescentes não vacinados devem receber duas doses.
– Dt/Dtpa: de 13 a 15 anos.
“Os pais devem estar atentos se realizaram, ou não, a aplicação das vacinas necessárias para essa faixa etária e reforçar o cuidado com a saúde em todas as fases da vida”, finaliza a especialista em Medicina do Adolescente.