Saiba quais são as vacinas recomendadas para gestantes
Neste mês das mães, o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe faz um alerta para a importância da vacinação durante a gestação. Muitas pessoas se confundem ao achar que gestantes não podem tomar vacinas. Porém, o calendário vacinal deve permanecer atualizado mesmo durante a gravidez, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Os exames que precisam ser realizados pelas gestantes durante o pré-natal são fundamentais para o desenvolvimento saudável da gestação. Mas, além disso, algumas vacinas também devem ser realizadas durante esse período, oferecendo proteção à mãe e ao bebê.
“Os anticorpos produzidos após o recebimento das vacinas são transferidos para o feto, por meio da placenta, durante a gestação e pela amamentação, após o nascimento da criança. Então, a proteção é em dose dupla, para o binômio mãe e bebê. Por isso, ela é fundamental”, explica a médica e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
Confira abaixo as principais vacinas para serem aplicadas durante a gestação, segundo o calendário de vacinação 2023, do Ministério da Saúde.
– Gripe (Influenza)
A vacina da gripe pode ser administrada a partir do primeiro trimestre de gestação, em qualquer período gestacional. A gripe, provocada pelo vírus da influenza, pode causar hospitalização e, até mesmo, óbito, especialmente entre os grupos de maior risco, como as gestantes.
– Tríplice Bacteriana Acelular
A recomendação para esta vacina – que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche –, é a aplicação a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Caso o imunizante não seja administrado durante esse período, é importante que seja realizado no puerpério (período que dura entre 45 e 60 dias após o parto). Dessa forma, o bebê estará protegido até que possa ser imunizado com a vacina Pentavalente.
– Hepatite B
A vacina contra a hepatite B deve ser aplicada em qualquer idade gestacional e com três doses. Caso não seja administrada durante a gestação, pode ser feita após o parto. A doença, causada por vírus, pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez, no momento do parto ou, até mesmo, na amamentação – se houver fissuras nos mamilos da mãe e o bebê ingerir pequenas quantidades de sangue por conta disso. Vale ressaltar que a hepatite B aumenta o risco de parto prematuro, segundo o Ministério da Saúde.
– Imunoglobulina anti-Rh para gestante
A imunoglobulina Rho (D) é indicada para mulheres com incompatibilidade sanguínea materno-fetal e diminui as chances de complicações em gestações seguintes. A imunoglobulina pode ser administrada a partir das 28 semanas de gestação até no máximo 72 horas após o parto, conforme indicação médica.
A aplicação é indicada para gestantes do grupo sanguíneo Rh negativo, grávidas de bebês Rh positivo. A imunoglobulina tem a intenção de neutralizar a diferença sanguínea, pois caso o bebê seja Rh positivo, o corpo da mãe não reconhecerá essa substância e criará anticorpos contra ela. Existem duas formas de incompatibilidade sanguínea: a do sistema ABO (tipos sanguíneos A, B, AB, O) e a do fator Rhesus (Rh), que pode ser negativo ou positivo.
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