Em 2021, três em cada dez crianças não receberam as principais vacinas no Brasil, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
A taxa geral de imunização no Brasil está abaixo da meta – que é 90%. Em 2021, a média atingida foi de 60,7%, de acordo com o DATASUS, do Ministério da Saúde. O declínio, agravado pela pandemia da COVID-19, deixa a sociedade, especialmente o público infantojuvenil, mais vulnerável a doenças até então erradicadas no país, como o sarampo e a poliomielite. Por isso, neste Dia da Imunização, 9 de junho, o Pequeno Príncipe reforça a importância das vacinas para a saúde de toda a população, pois essa é a maneira mais eficaz de prevenir e combater doenças.
Em 2021, três em cada dez crianças não receberam as principais vacinas no Brasil, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A imunização para sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), por exemplo, caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. Caso parecido com o da vacina contra a poliomielite, que teve queda de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Os dados são do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A aplicação das vacinas no Brasil segue o Calendário Nacional de Imunização, ou seja, cada faixa etária possui imunizantes específicos que devem ser tomados no período determinado. “A imunização tem extrema importância para a saúde individual e coletiva. Durante a pandemia, as pessoas deixaram de se imunizar – e também de levar as crianças – por medo de sair de casa e, agora, estão vulneráveis a diversas doenças, além da COVID-19”, explica a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino.
Todas as vacinas disponibilizadas para a população passam por rígidos controles de qualidade, eficácia e segurança. Antes de estarem disponíveis para a população, os imunizantes são submetidos a diversas fases de pesquisa, testes, produção e aprovação, até serem liberados pelas agências reguladoras governamentais.
Reações como febre e dor no local da aplicação podem acontecer, mas são temporárias. No entanto, a médica ressalta que a proteção trazida pelos imunizantes se sobressai às eventuais reações. “A expectativa de vida no mundo aumentou, em média 30 anos, por conta das vacinas. Vacinar é um ato de cidadania e responsabilidade com a sua saúde e com a saúde coletiva”, afirma.
A primeira vacina a ser produzida foi resultado de inúmeros estudos do médico inglês Edward Jenner, que descobriu como imunizar a população contra a varíola. Na época, em 1976, a população vivia um surto da doença, que foi erradicada há quase 50 anos por meio da imunização, segundo o Ministério da Saúde. O médico deu início à principal forma de prevenção de doenças: as vacinas. Ao longo dos anos, os imunizantes foram aprimorados e hoje contam com inúmeras tecnologias para a sua produção, tornando-se cada vez mais seguros e eficazes.