As medidas de higiene das mãos, etiqueta ao tossir e uso de máscara também auxiliam a evitar a disseminação de doenças
Com a volta às aulas, a preocupação com a imunização de crianças e adolescentes é fundamental. Em 2022, a cobertura vacinal no Brasil foi de 65%, segundo o Ministério da Saúde, muito abaixo da taxa ideal, que é de 95%. A vacinação previne inúmeras doenças, que podem ser fatais, além disso oferece proteção individual e coletiva.
As crianças estão mais suscetíveis às doenças, pois o sistema imune delas ainda se encontra em desenvolvimento. Por isso, o retorno às escolas exige cuidados ainda maiores com a prevenção. As medidas de higiene das mãos, etiqueta ao tossir e uso de máscara também auxiliam a evitar a disseminação de viroses.
“As crianças e adolescentes devem frequentar a escola, precisam da alfabetização e socialização. Porém, os pais precisam sempre estar alerta para a imunização dos filhos, pois o ambiente escolar é um local de convívio intenso”, pontua a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
Além da cobertura geral de vacinas não atingir a média ideal, em 2022 a imunização contra a catapora não ultrapassou 71%, segundo o Ministério da Saúde. No último ano, o número de casos da doença foi o dobro do registrado em 2021 – saltando de 223 para 496. Com a volta às aulas, a preocupação é com novos surtos da doença entre as crianças e adolescentes, já que a procura pela vacinação também está baixa.
“A infecção é causada pelo vírus varicela-zóster e é altamente contagiosa. A doença se apresenta com pequenas manchas vermelhas por todo o corpo, que coçam e evoluem para bolhas, podendo aparecer também nas mucosas [boca e região genital]. Uma pessoa com catapora pode apresentar erupções que começam com manchas e evoluem para bolhas e crostas. Além de ter febre, mal-estar, dor no corpo e dor de cabeça”, explica a médica.
No momento da matrícula, as escolas, públicas e privadas, podem solicitar a apresentação da carteira de vacinação atualizada dos estudantes até 18 anos. Por isso, os responsáveis devem estar atentos ao documento da criança ou adolescente e verificar se os imunizantes estão em dia. O ideal é que as vacinas sejam atualizadas entre 15 e 30 dias antes do início das aulas, para que o organismo gere anticorpos. Caso isso não seja possível, a atualização deve ser feita o quanto antes.
– Higienização frequente das mãos.
– Ao tossir ou espirrar, utilizar a parte interna do braço ou lenço para cobrir o nariz e boca.
– Não compartilhar alimentos, material escolar e objetos de uso pessoal.
– Deixar os ambientes ventilados.
– Beber água.
– Ter sono adequado.
– Manter uma rotina alimentar regular.