Mais comum na infância, a doença pode ser evitada com a proteção oferecida por algumas vacinas
A otite é uma inflamação do ouvido, que pode atingir diferentes partes da estrutura auditiva, como o ouvido externo, médio ou interno. Além do desconforto, pode trazer complicações, como perda temporária ou até permanente da audição, quando não tratada adequadamente. Crianças menores de 5 anos são as mais vulneráveis, pois ainda estão em fase de desenvolvimento do sistema imunológico e da anatomia do ouvido médio.
O tipo mais frequente, especialmente em crianças, é a otite média aguda (OMA), caracterizada por dor intensa, febre, irritabilidade e, em alguns casos, saída de secreção pelo ouvido. Segundo dados da literatura, aproximadamente 80% das crianças apresentam pelo menos um episódio de otite média aguda até os 3 anos, sendo mais frequente entre os 6 meses e os 2 anos de idade.
A imunização é também uma aliada na prevenção da otite. Segundo a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, “algumas vacinas atuam prevenindo infecções por microrganismos, que também são responsáveis por desencadear a doença”, reforça.
– Vacina pneumocócica (conjugada e polissacarídica): protege contra o Streptococcus pneumoniae, uma das principais bactérias associadas à otite média.
– Vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (HIB): previne contra infecções por essa bactéria, que também pode causar otite.
– Vacina contra influenza (gripe): ao evitar episódios de gripe, reduz o risco de complicações que podem evoluir para infecções bacterianas de ouvido.
– Vacina contra sarampo: previne a doença, que pode fragilizar o organismo e favorecer infecções secundárias, como a otite, devido às secreções em narinas e conjuntivas.
O calendário vacinal infantil, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, já inclui a maioria desses imunizantes, mas também é importante que adolescentes, adultos e idosos mantenham suas vacinas em dia, principalmente contra influenza.
Mais do que proteger contra doenças graves, a imunização diminui significativamente a chance de complicações, como a otite, que muitas vezes exigem antibióticos e podem causar outros problemas. Para as crianças, a proteção é ainda mais essencial, já que a doença pode afetar diretamente o desenvolvimento da audição e da fala.
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