O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe disponibiliza o imunizante, que pode ser aplicado a partir dos 9 meses até os 59 anos
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus (arbovírus do gênero Flavivirus) e transmitida por mosquitos. A doença imunoprevenível (prevenida com a vacinação) possui dois ciclos de transmissão, o ciclo urbano e o silvestre. São conhecidas duas formas da doença:
– febre amarela urbana (FAU) – transmissão do tipo homem–mosquito–homem por meio do vetor mosquito Aedes aegypti; e
– febre amarela silvestre (FAS) – os vetores são os mosquitos das espécies Haemagogus spp. e Sabethes spp, e o primatas não humanos (PNH) são hospedeiros.
– calafrios;
– febre súbita;
– dor de cabeça;
– dor no corpo;
– náuseas e vômitos; e
– sensação de fraqueza.
O diagnóstico precoce e correto, por meio de sorologia e exame PCR, é fundamental para notificação compulsória imediata. Por isso, com os primeiros sintomas, é importante buscar atendimento médico.
“A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. Porém, aproximadamente 15% delas recaem para uma forma mais grave. Nesses casos, o paciente pode ficar com a pele com uma coloração mais amarelada, apresentar quadros de hemorragias mais intensas e fezes com eliminação de sangue. De 20% a 50% que desenvolvem a forma grave vão a óbito. Ou seja, é uma mortalidade alta para os casos que complicam”, pontua a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
A febre amarela não tem tratamento, e a principal forma de prevenção é a vacinação. A vacina de vírus atenuado enfraquecido estimula a produção de anticorpos e é disponibilizada no Centro de Vacinas Pequeno Príncipe. O imunizante, indicado em todo o território nacional, pode ser aplicado a partir dos 9 meses até os 59 anos de idade e é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“São administradas duas doses para crianças, a primeira dose com 9 meses e a segunda com 4 anos de idade. A partir dos 5 anos, caso a criança não tenha se vacinado anteriormente, é indicada a administração de uma dose única. E mesmo quem já foi contaminado pelo vírus precisa se vacinar”, frisa a médica.
No Brasil, até o momento, não há necessidade de novas doses ao longo da vida. Porém, alguns países exigem que o imunizante tenha sido aplicado há menos de dez anos. Por isso, ao viajar, vale verificar as exigências do local.
Além da imunização, cuidados com o acúmulo de água em vasos e recipientes, e o uso de repelentes e mosquiteiros, são medidas de prevenção contra os mosquitos infectados que transmitem a doença.
– crianças menores de 9 meses de idade;
– mulheres grávidas;
– mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade. Se a vacinação não puder ser evitada, a nutriz deverá suspender o aleitamento materno por dez dias;
– pessoas com alergia grave ao ovo;
– pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350;
– pessoas em tratamento com quimioterapia e radioterapia;
– pessoas portadoras de doenças autoimunes; e
– pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).
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