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Herpes-zóster: saiba tudo sobre a doença e como preveni-la

O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe disponibiliza o novo imunizante, que pode ser aplicado a partir dos 50 anos de idade

vacina contra o herpes-zóster
A vacina contra o herpes-zóster é recomendada a partir dos 50 anos de idade.

O herpes-zóster (HZ), conhecido também como “cobreiro”, é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zóster (VVZ) no organismo. Ou seja, qualquer pessoa que contraiu a varicela previamente pode desenvolver o HZ ao longo da vida. Entretanto, é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade ou com alterações de imunidade.

“À medida que envelhecemos, o nosso sistema imunológico entra em um processo de imunossenescência, ou seja, de envelhecimento. O indivíduo vai perdendo os anticorpos de proteção, o que pode permitir a reativação do vírus da varicela e causar o herpes-zóster”, diz a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.

O herpes-zóster provoca lesões em diferentes partes do corpo, propagando-se no organismo pela rede de inervação (na qual estão os nervos), como no braço, região intercostal e até mesmo na região ocular.

Sintomas frequentes:

– dores nevrálgicas (nos nervos);

– erupções cutâneas (vermelhidão na área, pequenas bolhas em formato de cacho de uva);

– parestesias (formigamento e agulhadas);

– ardor e prurido (coceira) locais;

– febre e dor de cabeça; e

– mal-estar e indisposição.

Tratamento

A doença pode ser tratada com analgésicos e antivirais. Após o tratamento correto, as erupções podem levar até quatro semanas para sumirem. No entanto, devido à inflamação no nervo causada pelo vírus, o fármaco não reduz todos os efeitos. E alguns pacientes podem ter dores prolongadas ou outras complicações.

Complicações do herpes-zóster:

– nevralgia pós-herpética (NPH) (complicação mais comum que afeta 30% dos pacientes e consiste na dor persistente mesmo após o desaparecimento da erupção cutânea);

– pode afetar o equilíbrio, fala, deglutição e movimento dos olhos, mãos, pernas, dedos e braços;

– com a baixa quantidade de plaquetas, pode aumentar o risco de hemorragia;

– infecção bacteriana secundária de pele;

– síndrome de Reye (doença rara que causa inflamação no cérebro e que pode ser fatal);

– infecção fetal, durante a gestação;

– varicela disseminada ou hemorrágica em pessoas com comprometimento imunológico.

A doença é contagiosa?

Não é possível contrair herpes-zóster de outra pessoa. Porém, é possível contaminar-se com o vírus da varicela, caso o indivíduo nunca tenha contraído anteriormente, ao entrar em contato com as erupções cutâneas. Por isso, é indicado evitar contato, higienizar as mãos e desinfectar objetos contaminados.

Vacina contra o herpes-zóster

O novo imunizante contra o herpes-zóster (Shingrix), inativado e com melhor resposta de produção de anticorpos, é recomendado a partir dos 50 anos de idade. “A vacina pode ser aplicada em pacientes imunossuprimidos, isso porque ela é um imunizante totalmente inativado. Pode ser recomendada em pessoas a partir dos 18 anos de idade em situações específicas, como problemas de deficiência imunitária”, pontua a médica. A vacina é indicada para pessoas que contraíram a varicela na infância e que tiveram manifestação clínica ou não (ou seja, mantiveram contato com o vírus, mas não desenvolveram sintomas).

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