A atualização do calendário vacinal merece atenção especial após os 60 anos
Ser avô ou avó, como muitos dizem, é ser pai ou mãe duas vezes. Uma função como essa, duplamente amorosa, merece longevidade e proteção, especialmente após os 60 anos de idade. Por isso, neste Dia dos Avós, o Centro de Vacinas Pequeno Príncipe alerta para a importância da imunização aos idosos.
À medida que a idade avança, o sistema imunológico também envelhece. Esse processo é chamado de imunossenescência, situação em que o organismo produz menos anticorpos. Nessa fase da vida, o corpo fica mais vulnerável às infecções e outras doenças, além de demorar mais tempo para recuperar-se comparado a um jovem.
“É muito comum que pessoas acima de 60 anos tenham alguma comorbidade [duas ou mais doenças associadas], como hipertensão e diabetes. Nesses casos, se têm alguma infecção, como gripe ou pneumonia, pode ocorrer o risco de sofrer complicações, além de desestabilizar determinada doença que já está controlada por meio de medicações padrões”, destaca a médica e coordenadora do CEVA, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
Segundo a médica, após o fim da emergência da pandemia da COVID-19, os idosos voltaram a ter uma vida social, com riscos de exposição a diversos patógenos (vírus e bactérias). “Grande parte das infecções, como o herpes-zóster, atrapalha a rotina, causa dor e desconforto intenso e até mesmo sequelas permanentes. Outra prevenção importante é contra doenças respiratórias. Agora, temos uma nova vacina [Efluelda] contra a influenza, mais concentrada, para maiores de 60 anos. E também a vacina pneumocócica conjugada 13 [Prevenar] contra a pneumonia. Estas proteções estão alinhadas com o conceito de longevidade saudável. Isso garante uma vida com qualidade, permitindo também que passeios e viagens sejam seguros e plenamente desfrutados”, completa a especialista.
– herpes-zóster;
– gripe (influenza);
– pneumocócica conjugada 13 – valente (VPC13);
– pneumocócica polissacarídica 23 – valente (VPP23) – pneumo 23;
– tríplice bacteriana acelular (difteria, tétano e coqueluche acelular), para aquele idoso que é viajante, vai para a Índia, para países da África também. O turismo mais ecológico;
– febre amarela;
– hepatite A;
– hepatite B;
– meningocócicas conjugadas – ACWY;
– tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Confira os detalhes de cada vacina clicando aqui. Até 2030, uma em cada seis pessoas terá 60 anos ou mais. Previna-se!
Quando o idoso faz tratamento quimioterápico ou com uso de imunoterapias, que diminuem a imunidade, não é recomendada a aplicação de vacinas com o vírus vivo, como é o caso da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).