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Quais são as vacinas indicadas para gestantes?

A imunização durante a gravidez é considerada prioritária pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e beneficia a mãe e o bebê

vacinas para gestantes
Quando a mulher é imunizada, o bebê recebe os anticorpos da mãe por meio da placenta, adquirindo a proteção passiva contra diversas doenças.

Durante a gravidez, a imunidade da gestante fica comprometida, pois seu sistema imunológico passa por mudanças, tornando-a mais suscetível a doenças infecciosas que podem causar hospitalização. Além disso, a saúde do bebê pode ser comprometida, e essas doenças podem provocar malformações congênitas, aborto espontâneo e nascimento prematuro.

Dessa forma, a vacinação durante o período gestacional é essencial para o bem-estar da mãe e para o desenvolvimento saudável do bebê nos primeiros meses de vida.

“As vacinas para a gestante, inclusive os novos imunizantes aprovados e já disponíveis, são importantes para a imunidade ativa da mãe e passiva do recém-nascido, prevenindo-os contra doenças imunopreveníveis e contra o alto risco de complicações durante a gravidez e após o nascimento”, explica a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.

Proteção imunológica do bebê pela vacinação da mãe

Quando a mulher é imunizada, o bebê recebe os anticorpos da mãe por meio da placenta, adquirindo a proteção passiva contra diversas doenças até que possa receber as suas próprias vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Depois do nascimento, a transferência ocorre pela amamentação.

Quais vacinas as gestantes têm de tomar?

Os imunizantes de rotina, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), são:

– Nova vacina VSR (Abrysvo)
Doença que previne: vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais causadores da bronquiolite. A imunização passiva oferece resposta imune contra doenças respiratórias causadas pelo VSR em bebês, desde o nascimento até os 6 meses de idade.

Esquema vacinal: dose única entre as semanas 24 e 36 da gestação. Pode ser coadministrada com as outras vacinas de rotina da gestante.

Disponível somente na rede privada, como no Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, os resultados de ensaios clínicos mostraram que o novo imunizante reduziu em 69% o risco de VSR grave para bebês até os 6 meses e em 82% em crianças de até 3 meses.

– Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)
Doenças que previne: difteria, tétano e coqueluche. Evita a transmissão da bactéria Bordetella pertussis ao recém-nascido.

Esquema vacinal: uma dose a cada gestação, a partir da 20.ª semana de gravidez, para a gestante previamente vacinada, com esquema primário completo de três doses de vacina contendo o componente tetânico.

– Hepatite B
Doença que previne: hepatite B.

Esquema vacinal: três doses, no esquema 0-1-6 meses, em gestantes não anteriormente vacinadas e suscetíveis a infecção.

– Influenza (gripe)
Doença que previne: gripe (influenza).

Esquema vacinal: indicação de uma dose anual, a cada gestação e durante qualquer fase dela, inclusive no primeiro trimestre de gravidez.

Vacina COVID-19
Doença que previne: COVID-19. Bebês têm risco de complicações associadas à doença, incluindo insuficiência respiratória e outras complicações graves.

Esquema vacinal: indicada para puérperas e gestantes, no esquema de dose única, para as gestantes com esquema primário de duas doses completas.

Clique aqui e confira as vacinas recomendadas em situações especiais e os imunizantes contraindicados durante a gestação.

No Brasil, a vacinação para grávidas é prioritária e faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Assim, gestantes devem seguir as recomendações de seus médicos e manter o calendário vacinal atualizado para garantir uma gravidez mais segura e saudável.

Estratégia casulo

Além da imunização da gestante, a estratégia Cocoon, ou estratégia casulo, é fundamental na proteção de recém-nascidos. Ela consiste em vacinar todas as pessoas que terão contato direto com o bebê, como pais, avós, irmãos e cuidadores.

Dessa forma, ao garantir que todos ao redor estejam vacinados, cria-se uma barreira de proteção até que a criança possa ser imunizada diretamente.

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